segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Marraquexe


A caminho de Ouirgane


Depois de uma hora e meia de espera chegou à mesa a nossa tajine - o guisado típico marroquino, neste caso de galinha e vegetais, cozinhado num recipiente de barro de formato cónico. Estávamos na recôndita vila de Ouirgane, às portas das montanhas do Atlas, num pequeno estabelecimento gerido pelo Berbere Fahid. Pelo entusiasmo com a nossa chegada e pela forma como nos apresentou com orgulho à sua família e nos mostrou os seus aposentos percebemos que provavelmente são muito poucos os turistas que por aqui passam. Mostrou-nos também o quarto para turistas que construiu por trás do seu "restaurante" - se é que se pode chamar "restaurante" a um aglomerado de mesas sem menu. Enquanto as crianças brincavam, "Mama" descascava legumes num buraco escuro com um forno a lenha a que chamam de cozinha. A sua respiração parecia vir das entranhas de um rochedo - por momentos pensámos estar a ouvir o próprio Dart Vader. 



A "Mama" berbere


Ficámos sem perceber porque é que Mama escolheu aquele local para descascar os legumes porque na hora de colocar a tajine ao lume escolheu o fogão normalíssimo da cozinha "moderna" adjacente. 


"Mama" a descascar legumes na cozinha berbere


A cozinha "moderna" do "restaurante" de Fahid


Experimentámos assim a hospitalidade do povo berbere. Depois da tajine mais autêntica e saborosa que poderíamos ter provado Fahid levou-nos a passear pela sua vila. Não se passava absolutamente nada. Era Sábado e ao Sábado os homens descansam enquanto as mulheres trabalham. Vimos apenas quatro ou cinco crianças que fugiram das nossas máquinas fotográficas e uma senhora tão corcunda que o seu queixo quase se arrastava pelo chão. 


A vila de Ouirgane completamente deserta 


 A senhora corcunda a trabalhar ao Sábado


A tajine que comprámos a um amigo do Fahid




Fizemos os 60 kms de regresso no calmamente ao fim da tarde para enfrentar o trânsito nocturno da cidade de Marraquexe. E o trânsito é absolutamente louco. Não há regras, prioridades ou cedências de passagem, há carros que aparecem de todas as direcções, motas e pessoas a pé, que são atraídos pelo nosso carro como se tivéssemos um íman. O mapa também parece não fazer sentido - quando achamos que estamos numa rua, estamos na outra ponta da cidade. Depois de muitas voltas acabámos perdidos no meio dos souks, a zona de mercado da cidade, em que as ruas íam ficando cada vez mais estreitas. Ainda não conseguimos perceber que magia aconteceu para o nosso carro ter encolhido ao dobrar um esquina de dimensões estupidamente apertadas.


Foto tirada do interior do nosso carro alugado ao trânsito de Marraquexe


Os souks à noite


Assim foi o terceiro dia da nossa curta estadia em Marraquexe. Somente com quatro dias de "férias" decidimos que este seria o melhor destino para desligarmos da nossa vida lisboeta: depois de apenas uma hora e meia de voo mergulhamos num mundo à parte, e com a temperatura amena.

Assim que chegámos instalámo-nos no Dar Charkia, um riad convertido em hotel. Na zona da Medina, onde ficámos, há vários riads - casas ou palácios tipicamente marroquinos com um jardim ou pátio interior. Como tínhamos apenas quatro dias optámos por investir em algum conforto, apesar dos problemas logo na primeira noite... Quando tudo o que mais queríamos era relaxar, o ar condicionado teimava em não funcionar e a água do chuveiro estava mais fria que o mármore do chão. Portanto lá tivemos nós que agarrar na nossa trouxa e mudar de quarto por dois dias, para depois regressar ao mesmo na última noite quando o problema estivesse resolvido. Enfim... Nada como reviver um pouco a nossa verdadeira forma de viajar - de mochila às costas de dois em dois dias. 

No dia em chegámos andámos pelos souks durante horas relembrando as cores e os cheiros que já conhecíamos. Já tínhamos estado em Marraquexe, mas não juntos, e de qualquer maneira há sempre um novo cantinho a descobrir e uma nova rua para nos perdermos. Quando caiu a noite juntámo-nos ao frenesim da praça Djemaa El Fna, em que dezenas de tendas são montadas para servir comida e os encantadores de serpentes do dia dão lugar aos senhores das apostas da noite. Sendo que o álcool não é permitido na cultura mulçumana, as noites dos homens são preenchidas com pequenos jogos que envolvem dinheiro. 


 Os souks de Marraquexe


  Os souks de Marraquexe


A praça Djemaa El Fna durante o dia 


O minarete da mesquita Koutoubia, vista da praça Djemaa El Fna


Há algo a que damos muito valor na nossa vida - a aquisição de amuletos. Em todas as nossas viagens temos coisas que nos unem e que nos protegem sejam elas pulseiras, conchas bonitas, colares ou pedras. Estas coisas são para nós símbolos com grande significado e que surgem de formas especiais durante as nossas viagens. E mais uma vez chegou até nos um amuleto sem termos de o procurar. Na manhã do nosso segundo dia conhecemos um marroquino que não achávamos possível existir. Os marroquinos são conhecidos como bons negociantes e tudo é razão para pedir algum dinheiro - dar um indicação na rua ou ser fotografado. Desta vez o senhor não só não nos pediu nada em troca pela nossa curiosidade na sua técnica de  esculpir madeira com mãos e pés em simultâneo, como esculpiu uma pequena peça de madeira e pôs um fio para o colocarmos ao pescoço. Deu-nos a peça de bom grado explicando o seu significado "life, atmosphere, nature" ("vida, atmosfera, natureza"). Recusou veementemente o dinheiro que lhe quisémos oferecer, e acabámos por comprar uma caixa mágica - uma caixa que para ser aberta tem de ser solucionado um pequeno quebra-cabeças - como forma de agradecimento. 


O nosso amuleto a ser feito pelos pés e mãos do marroquino improvável 


Para além das longas caminhadas pelos souks e de muita negociação muitas vezes sem chegarmos a comprar nada decidimos fazer alguns programas culturais também. Fomos ao Madraçal Ben Youssef, a antiga escola islâmica onde os alunos memorizavam o Alcorão, fundada no século XIV. A arquitectura e decoração exuberante faz deste local um dos exemplos mais belos de arte marroquina.
Fomos também à Maison de La Photographie, ao Palácio da Bahia e aos Jardins Majorelle.


O reflexo na água do pátio central do Madraçal Ben Youssef


Vista da Maison de La Photographie


Reflexo nos Jardins Majorelle, conhecidos como os jardins onde Yves Saint Laurent se inspirava


E assim se passam quatro dias em Marraquexe, a cidade vermelha, assim chamada pelas construções em pedra avermelhada. É uma cidade que nos enche os olhos com as suas cores vibrantes e em que os sons e os cheiros fervilham num caldeirão de emoções.


Marraquexe - a cidade vermelha 


As cores de Marraquexe 






terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ilha Terceira - Açores


Queremos desde já pedir desculpa aos interessados pela demora nesta publicação. Temos estado ocupados com coisas boas, novidades que vos daremos dentro de poucos meses... ;)

A nossa estadia na Ilha Terceira foi curta demais. Foi uma verdadeira maratona percorrer os locais de interesse da ilha em apenas dois dias e meio, sendo que alguns não pudemos desfrutar no seu melhor devido ao mau tempo, como foi o caso do Monte Brasil ou do Pico de Santa Bárbara... Já tínhamos sido avisados que é costume a presença de um "capacete" de nuvens, mas mesmo assim fomos recebidos por uns bonitos raios de sol no primeiro dia. 

Mal saímos do aeroporto fomos directos para as piscinas naturais da praia dos biscoitos. 




We would like to apologize for the belated post to those who are interested. We have been busy with nice things, news to be revealed in a few months... ;)

Our stay at Terceira Island was way too short. It was a marathon to go to all the places of interest in the island in only two and a half days, and some places weren't even to its best due to the bad weather, such as Monte Brasil or the Santa Bárbara Peak... We had been warned that the presence of a cloud "helmet" is usual, but we were still welcomed by some beautiful sun rays on the first day.

As soon as we left the airport we headed to the natural pools of Biscoitos beach.






Daqui seguimos para o Museu do Vinho, mas demos apenas um gole cada um para não arruinar a viagem de barco que se seguia com o intuito de ver as tão faladas baleias. Devido à intensidade do trabalho - o video promocional para o Turismo de Portugal - não conseguimos fotografar todos os locais por onde passámos, mas queremos partilhar convosco algumas das vistas mais incríveis que conseguimos captar.



From there we went to the wine museum, but we took only one sip each so we wouldn't ruin the upcoming boat trip to spot the whales.
Due to the intensity of our work - the promotional video for Turismo de Portugal - we couldn't photograph all the places we passed by, but we want to share with you some of the most amazing views we managed to capture.








Outro local imperdível numa visita à ilha Terceira é o Algar do Carvão, o interior de um vulcão adormecido, onde se situa a 100m de profundidade uma lagoa de águas cristalinas. Apesar de já termos viajado um pouco pelo mundo nunca tínhamos sentido o misticismo de um lugar como este. É impossível mostrar em fotografia aquilo que realmente se vê nesta visita ao interior da Terra, tal como a Gruta do Natal, por onde também passámos.

Durante o percurso dos Mistérios Negros parece que o tempo pára. Tudo à nossa volta parece um cenário, parece que estamos dentro do filme "Senhor dos Anéis" sem termos de nos transformar em anões ou elfos.  


Another place not to be missed when visiting Terceira Island is the Algar do Carvão, the inside of a sleeping volcano, where a lagoon of crystal waters can be found at a depth of 100 metres. Even though we have travelled a bit around the world we had never felt the mysticism of a place like this. It is impossible to show in a photograph what is really seen on this visit to the inside of the Earth, just like the cave Gruta do Natal, where we also went.

During the walk trough the Mistérios Negros path time seems like time stops. Everything around us looks like the background of a movie set, it feels like we're part of the "Lord of the Rings" film without having to become in dwarfs or elfs.






Como não podia deixar de ser também passámos umas boas horas a passear pela cidade de Angra do Heroísmo, admirando as bonitas portas e janelas do centro histórico e passando pelo largo da Igreja da Misericórdia e pela Sé Catedral. Ao passear pela baía conseguimos imaginar a naus do século XV ancoradas no porto. 

We obviously also spent a good few hours walking around the city of Angra do Heroísmo, admiring the doors and windows and going by the Igreja da Misericórdia Square and the Cathedral. As we went past the bay we could imagine the 15th century ships anchored in the port.






Foi demasiado curta, mas mesmo assim maravilhosa esta visita à Ilha Terceira. Ficámos com muita vontade de voltar com mais tempo e somente para desfrutar sem ser em trabalho. Por conhecer ficaram as restantes Ilhas do arquipélago dos Açores em que as maravilhas são infindáveis. Apesar de já conhecermos a Ilha de S.Miguel, ainda temos muito para explorar neste arquipélago que parece ter segredos muito bem guardados...


It was too short and yet wonderful this visit to Terceira Island. We are now wishing to go back with a lot more time to simply enjoy and not have to work. The remaining islands of the Azores Archipelago are still to be discovered and its wonders seem to be endless. Although we already know S.Miguel Island, we still have a lot to explore in this archipelago filled with well kept secrets.









segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Madeira - Dias 2 e 3


Há uma característica que se deve ter em conta numa viagem à Ilha da Madeira: num só dia podemos passar pelas quatro estacões do ano - numa ponta da ilha pode estar um sol abrasador e do outro uma brisa invernosa que nos deixa enregelados até aos ossos. 


No segundo dia embarcámos num yacht logo pela manhã - sim, somos uns sortudos, a zona do Caniçal e de Machico vista do mar é uma perspectiva com a qual não contávamos. No entanto na primeira hora o céu estava completamente encoberto e cinzento, o que desanima qualquer pessoa... Mas passado algum tempo as nuvens abriram, começámos a sentir uns raios de sol e toda a paisagem ganhou um charme diferente.

There's something you should have in mind on a trip to Madeira Island: in one single day you can go through the four seasons - in one side of the island the sun might be burning and on the other side there might be a winterly breeze that will make you freeze to the bones.

On the second day we got on a yacht - yes, we are very lucky people, the Caniçal and Machico area seen from the sea is a perspective we weren't counting on. Even though on the first hour the sky was completely grey, which can be discouraging... But a while later the sky cleared up, we started to feel the sun rays and the whole landscape gained a different charm.




Depois deste passeio de barco almoçámos no restaurante "O Piquinho" que tem uma vista de 360• de cortar a respiração.

After this boat trip we had lunch at "O Piquinho" which has a 360 degrees breathtaking view.




Para digerir melhor a espetada típica fomos à venda do André, na Quinta Grande para beber uma poncha típica preparada cuidadosamente pela Dona Ilda.

To digest the traditional kebab we went to Venda do André, in Quinta Grande to drink a traditional poncha carefully prepared by Dona Ilda.



A caminho do Cabo Girão passámos pelas cascatas na estrada da Madalena do Mar. É no mínimo estranho estranho uma cascata acabar numa estrada, com a água a embater no alcatrão, mas dá jeito a quem precisa de lavar o carro... Ou a quem se queira refrescar um pouco.

On the way to Cabo Girão we went by the waterfalls in the Madalena do Mar road. It's strange a waterfall ending on a road, where the water hits the ground, but it's handy to whoever needs a car wash... Or to whoever needs to refresh a little.



No terceiro e último dia desta nossa viagem experienciámos as cores e os sabores do mercado do Funchal. Nem sabíamos da existência de tantos tipos de maracujá diferentes, quanto mais uma fruta que sabe a ananás e banana ao mesmo tempo... 

On the third and last day of this trip we experienced the colors and tastes of Funchal's market. We didn't even know there were so many different kinds of passionfruit, let alone a fruit that tastes of pineapple and banana at the same time...





Como não podia deixar de ser passeámos pela Rua de Santa Maria onde cada porta tem uma pintura diferente, andámos de teleférico e descemos as ruas nos carrinhos de cesto - uma das atracções mais conhecidas da ilha. Enfim... A Madeira é linda!

As is only to be expected we went for a walk in Santa Marta Street where each door has a different painting, rode the cable car and took a basket ride - one of the most well known attractions. Oh well... Madeira is simply stunning!




terça-feira, 17 de setembro de 2013

Madeira - Dia 1

Os próximos destinos de que vos vamos falar não foram escolhidos por nós porque fazem parte de um trabalho para o qual fomos convidados. Um de nós já tinha visitado um dos locais e o outro o outro local, mas juntos são uma novidade e juntos temos uma visão diferente. 
Viajar em trabalho tem as suas vantagens e desvantagens - vemos muitas coisas e temos muitas experiências em pouco tempo, mas muitas vezes o tempo não é suficiente para desfrutar calmamente. 
O primeiro destino de que vos vamos falar é a da deslumbrante Ilha da Madeira. No âmbito de promover o turismo no nosso país apanhámos um avião para em três dias mostrar em video o que de melhor esta Ilha tem para oferecer - e são muitas coisas, acreditem! 




The next destinations we are going to tell you about weren't chosen by us because they're part of a job for which we were invited. One of us had visited one of the destinations and the other another, but together they are a novelty and together we have a different vision.
There are advantages and disadvantages of travelling for a job - we see a lot of things and have many experiences in very little time, but a lot of the times time is not enough to enjoy peacefully.
The first destination we are going to tell you about is the stunning Madeira Island. With promoting tourism in our country as the objective we caught a flight to show in video in three days the best things this island has to offer - and there are many!



Nascer do sol em Ribeiro Frio
Sunrise in Ribeiro Frio


No primeiro dia saímos do hotel às 7 da manhã para começar a gravar numa corrida contra o tempo. Começámos pela zona de Ribeiro Frio onde recebemos o sol acima das nuvens, numa visão avassaladora e quase surreal.


On the first day we left the hotel at 7 in the morning to start filming in a race against time. We started with the Ribeiro Frio area where we welcomed the sun above the clouds, in an overwhelming and almost surreal vision.



Pico do Areeiro


Seguimos até ao Pico do Areeiro, passámos pelas trutas em Santana, experimentámos o delicioso prego do caco no Faísca - que é impossível comer sem nos sujarmos um pouco - e depois fomos até à levada dos balcões. Foi aqui que conhecemos pelo caminho a modesta senhora Umbelina que ganha a vida a vender gorros de lã a quem por ali passa. Tendo sido filmada também, era necessário assinar uma declaração de cedência de direitos de imagem, ao que ela respondeu "Oh meu senhor eu não sei escrever". E repetiu sem vergonha, no caso de não termos percebido. Para além da sua modéstia fomos ainda surpreendidos pela honestidade com que nos devolveu a gorjeta que quisémos deixar na compra de um dos gorros. Queríamos deixar dois euros a mais propositadamente, mas a Dona Umbelina insistiu que era mais barato. São este tipo de pessoas que nos marcam nas nossas viagens, é por isto que tanto amamos viajar, é com estas experiências que ficamos mais ricos. 


We then went to Pico do Areeiro, went by the trouts in Santana, tried the delicious "prego no caco" (steak sandwich) in Faísca - which is impossible to eat without getting a little dirty - and then went to "levada dos balcões" (ancient water paths). This is were we met the lovely and modest Umbelina, who makes a living by selling wool hats to passers-by. Having also been filmed, it was necessary for her to sign an image right agreement, to what she replied "Oh I don't know how to write". And she said it again without any shame, just in case we hadn't understood. Not only were we surprised by her modesty, but also by her honesty when she gave us back the tip we wanted to leave when we bought a hat. We wanted to give her two extra euros deliberately, but Dona Umbelina insisted it was cheaper. These are the kind of people that make our journeys, this is why we love traveling so much, these are the experiences that make us richer.  





Dona Umbelina na Levada dos Balcões
Umbelina in Levada dos Balcões


À tarde fomos até ao Roseiral da Quinta do Arco que sinceramente não estava no seu melhor, mas reconhecemos que na primavera a visão das rosas em flor deve ser incrível.


In the afternoon we went to Quinta do Arco's rose garden which honestly wasn't to its best, but we can imagine how incredible it must be in the spring time. 



Roseiral da Quinta do Arco
Quinta do Arco's Rose Garden


Acabámos o dia no Pico Ruivo. Não tivemos tempo de completar a caminhada de quase 3 km por altos e baixos rochosos porque o sol estava a descer... Mas ainda assim vimos um pôr-do-sol estrondoso, não no mar, mas nas próprias nuvens!! E toda a equipa de rodagem apreciou este momento em silêncio... 


We ended our day in Pico Ruivo. We didn't have enough time to complete the 3 kilometer walk through the rocky path because the sun was going down... But we still saw a sensational sunset, not on the sea, but on the clouds!! And the whole technical team savoured this moment in silence... 







Para completar este dia cheio de experiências fizemos uma bela mariscada no restaurante "Muralhas" no Caniçal. Regressámos ao hotel por volta da meia-noite estafados mas de barriga cheia e coração mais cheio ainda.


To complete this day full of experiences we had a great seafood dinner at the restaurant "Muralhas" in the Caniçal area. We got back to the hotel at around mid-night absolutely exhausted but with a full stomach and a full heart.

sábado, 22 de junho de 2013

To be continued...

A nossa aventura Africana já chegou ao fim, mas não queríamos deixar de partilhar com vocês as fotos da última experiência na África do Sul e fazer um balanço geral desta aventura. Foi sem dúvida uma viagem muito completa por três países que nos deram vivências distintas e nos preencheram de formas diferentes. Nestes dois meses e pouco passámos por praias paradisíacas em Moçambique, fizemos algum trabalho comunitário, ficámos a conhecer a realidade de quem vive com pouco, passámos por dificuldades de comunicação em Madagáscar, aproximamo-nos da natureza selvagem e vimos vegetação que nem imaginávamos ser possível existir, testámos a nossa tolerância e paciência com as deslocações demoradas, ficámos mais perto da História da África do Sul e emocionamo-nos com a mesma e até por tempestades invernosas passámos... E agora que tudo isto chegou ao fim é difícil para nós nomear qual foi o nosso país preferido porque cada experiência completa a outra e aprendemos coisas diferentes em cada um dos sítios por onde passámos.
Queríamos ainda deixar uma nota de que o nosso blog não chegou ao fim! Vamos continuar a escrever, talvez não com tanta regularidade, mas sempre que algo nos chame a atenção e sempre que sentirmos a necessidade de partilhar as experiências de novos lugares, mesmo que em Portugal. 
Queremos aproveitar este post também para vos deixar as imagens da nossa última semana na África do Sul que passámos nos arredores do Kruger Park. Fizemos um Safari no próprio parque, visitámos um centro de reabilitação de animais selvagens e vimos paisagens esmagadoras. 
Obrigada a todos pelos comentários e sugestões ao longo da viagem! E até já ;)!







Our African adventure has come to an end, but we still want to share with you the photos of our last experience in South Africa and make an overall review of this journey. It was undoubtedly a very complete journey through three countries that gave us distinct experiences and fulfilled us in different ways. Throughout these two months we've been to paradise beaches in Mozambique, did some community service, got to know the reality of those who live with very little, went through comunication difficulties in Madagascar, got very close to the wilderness and saw vegetation we didn't even know existed, tested our tolerance and patience in lengthy journeys, got closer to the South African History and got emotional with it and we even went through winter storms... And now that everything has come to an end it's very hard for us to nominate our favorite destination because each experience completed another and we learnt different things in each place we went through.
We also wanted to leave a note that our blog has not come to an end! We will keep writing, maybe not as often, but everytime something catches our attention and everytime we feel the need to share experiences of new places, even in Portugal.
With this post we want to leave you with the photos of our last week in South Africa which we spent around Kruger Park. We did a safari, visited a wild animal rehabilitation center and saw overwhelming landscapes.
Thank you all for the comments and suggestions throughout this journey! And see you soon ;)!